05/06/12

Journal of Forensic Sciences

Numa espécie de utopia futura - num lugar em que não existem políticos ladrões ou escritores que gostam da Anatomia de Grey - os que agora testemunham o passamento lento deste rectângulo plantado no extremo da civilização poderão recorrer aos pasquins nacionais, ao youtube e às revistas de criminologia para identificar os responsáveis pela morte de Portugal. Estas figuras de cera, opadas em camadas serenas de adiposidade, serão então pó e o seu nome ecoará apenas alguma reminiscência do mal. Por ora, todavia, aparecem com desvergonha em canais de televisão colhendo para os outros os frutos que rejeitam para si. E não há homem que lhes faça justiça, acabando com eles. 

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